Neste sábado (15), a Secretaria de Saúde de Cabo Frio promoveu, por meio do setor de Vigilância Ambiental e Zoonoses, uma ação de vacinação antirrábica especialmente direcionada a animais com mais de quatro meses de idade que não foram vacinados em 2024.
A imunização ocorreu na parte da manhã, entre 9h e 12h, em bairros que não foram atendidos no ano passado. No Tangará, a ação foi realizada na ESF; no Foguete, na Associação de Moradores do bairro; e no Itajuru, no Ginásio Poliesportivo Aracy Machado. Ao todo, foram vacinados 753 animais, sendo 544 cães e 209 gatos.
Segundo a responsável técnica pelo setor de Zoonoses da Vigilância Ambiental, Flora D’Angelis, esse tipo de ação é fundamental para garantir uma cobertura vacinal eficaz e abrangente. A ideia é estender, posteriormente, a vacinação antirrábica à área rural, principalmente devido à circulação do morcego, outro transmissor potencial da doença:
“A raiva é uma doença muito séria, com letalidade de quase 100% em todos os casos já registrados. Mesmo quando não houve morte, os infectados ficaram com sequelas gravíssimas. Precisamos da ajuda dos tutores, participando de ações como essa e das campanhas anuais, para mantermos todos protegidos, animais e seres humanos”, disse Flora, ressaltando que a doença é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio de mordidas, arranhões e lambeduras.
Dados do Ministério da Saúde comprovam que a melhor medida de proteção contra a raiva, tanto para animais quanto para humanos, ainda é a vacinação. Por isso, o Programa Nacional de Profilaxia da Raiva (PNPR), criado em 1973, implantou a vacinação antirrábica canina e felina em todo o território nacional.
Essa ação se tornou uma das principais ferramentas para a redução dos casos de raiva no país, permitindo o controle da doença, sobretudo na área urbana. Com isso, entre 1999 e 2024, o Brasil passou de 1,2 mil casos para apenas oito.