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Feira Quilombola leva arte, gastronomia, ações de saúde e música ao vivo para o Horto Municipal

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Edição alusiva ao Setembro Amarelo contou com expositores quilombolas, mutirão de atendimentos em saúde e apresentações musicais
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O Horto Municipal, no bairro Portinho, sediou no fim de semana mais uma edição da Feira Quilombola. O evento aconteceu das 9h às 15h, com uma programação alusiva ao “Setembro Amarelo”, campanha nacional de valorização da vida e prevenção ao suicídio. A feira é uma realização das cooperativas das Comunidades Quilombolas da Região dos Lagos (Cooperquilombo) e da Agricultura Familiar da Região dos Lagos (CoopaLagos), com apoio da Prefeitura de Cabo Frio, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Saneamento.

Com o objetivo de reforçar a identidade e a tradição das comunidades quilombolas, a programação contou com exposição e venda de produtos da agricultura familiar, artesanato e gastronomia típica, além de apresentações artísticas. A programação musical foi comandada por Junior Carriço, com participações especiais das cantoras Jisele Gaspar e Lua Estrela, apresentando repertório variado da MPB ao forró. O evento também contou com uma apresentação especial, alunos atendidos pela oficina gratuita de violão, oferecida semanalmente pela Secretaria de Meio Ambiente.

Ao longo da feira, o público pôde adquirir uma variedade de produtos, como aipim, banana, laranja, farinha e temperos, dentre outros itens, além de quitutes e pratos típicos da culinária quilombola e afro-brasileira. Os artigos artesanais são outro ponto forte do evento, incluindo trabalhos em crochê, velas e acessórios diversos. A cada edição da feira, que acontece todo segundo sábado de cada mês, os visitantes também podem conferir de perto o meliponário instalado no Horto Municipal com exposição de abelhas nativas sem ferrão e venda de mel.

A programação contou com a presença de expositores de Tamoios e da Região dos Lagos, incluindo quilombolas, agricultores familiares e artesãos. Entre os expositores presentes esteve a agricultora familiar Sara Zeca Severino, do Quilombo Fazenda Espírito Santo, do segundo distrito. A feirante é especializada em produção de salgados sem glúten e sem trigo, à base de aipim e até jaca. “Já vai fazer dois anos que participo da Feira Quilombola e para mim está sendo maravilhoso. Antes da Feira, nossas mercadorias no quilombo até estragavam, porque a gente não tinha onde vender. Ter esse espaço é muito importante para a nossa renda. Toda feira eu saio feliz pelo carinho que recebo e pelas amizades que fiz. É mais do que só vender, é uma terapia para mim. A organização é nota 10”, destacou Sara.

Da Praia do Siqueira, Lander Marques comercializa há 10 anos palmito de pupunha in natura e há quase dois anos participa da Feira Quilombola. “O palmito que comercializo vem de Aldeia Velha, Silva Jardim, oriundo de cultivo autorizado. Aqui na Feira trago esse palmito de várias formas, como espaguete, talharim, lasanha e toletes para conserva, para atender diversas necessidades. Fico muito feliz de poder expor em um espaço bem apropriado, acolhedor, agradável e em um ambiente super familiar. Para nós, feirantes, é sempre uma oportunidade de venda interessante e também de contato com o cliente final”, afirmou o feirante, morador há 26 anos do município.

Uma das novidades desta edição foi a realização da “1ª Ação da Saúde Quilombola”, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Programa de Saúde Integral da População Negra. A ação contou com ampla integração dos programas da Secretaria de Saúde, como o Núcleo PICS, que ofertou gratuitamente diversas práticas integrativas; o Programa Bolsa Família, com pesagem e orientação nutricional; o Programa Saúde do Homem, com informações sobre riscos cardiovasculares, aferição de pressão arterial e glicemia capilar; além da Vigilância Ambiental, que promoveu vacinação e orientações sobre animais peçonhentos.

Também estiveram presentes o Programa Saúde do Idoso, destacando o bem viver e o envelhecimento ativo; o Programa Saúde da Mulher e da Criança, com ações de prevenção de ISTs; e a equipe multidisciplinar, que abordou a saúde mental em alusão ao Setembro Amarelo.

A coordenadora do Programa de Saúde Integral da População Negra, Kamilla Lessa, comentou sobre a iniciativa. “Estar presente neste espaço de valorização da cultura quilombola e de fortalecimento da identidade da população negra é um marco importante para o programa, pois reafirma nosso compromisso com a promoção da saúde e o cuidado integral, construído em diálogo com a comunidade”, disse.

Fotos: Mari Ricci/ SECOM

Fotos

Fotos: Mari Ricci e Raíra Morena/SECOM

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