Cabo Frio, reconhecida como a capital quilombola do Estado do Rio de Janeiro, vem se consolidando como referência nacional na implementação da Educação Escolar Quilombola (EEQ). Com a maior população quilombola fluminense, segundo o IBGE, o município reafirma seu compromisso com a valorização da identidade, da história e dos saberes tradicionais de seus territórios por meio de ações concretas e políticas públicas direcionadas.

Atualmente, 11 escolas da rede municipal ofertam a EEQ, fortalecendo o vínculo entre educação e cultura quilombola. Sob a coordenação da Secretaria Municipal de Educação e com o trabalho da dinamizadora Juliana Pacheco, a cidade tem investido em formações pedagógicas voltadas à temática, promovendo práticas educativas alinhadas à memória e à resistência das comunidades.

Entre os destaques dessa política está a Escola Municipal Angelim, que desenvolve ações voltadas à valorização dos saberes locais, como a alimentação tradicional quilombola, promovendo o protagonismo comunitário e a integração entre escola e território.

O esforço contínuo do município tem gerado importantes reconhecimentos em todo o Brasil. Cabo Frio foi um dos seis municípios brasileiros destacados em pesquisa realizada pelo Instituto Alana e pelo Instituto Geledés, pela implementação efetiva da Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas. Além disso, o município recebeu o Selo Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, concedido pelo Ministério da Educação (MEC), em reconhecimento ao seu compromisso com a equidade racial.

A cidade também se destaca na execução da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (PNEERQ), sendo considerada uma referência para outras redes municipais em todo o Estado do Rio de Janeiro.